O setor de iluminação led ganha cada vez mais espaço no mercado brasileiro. Atualmente, o segmento comercial é o que mais se interessa pela economia gerada por esta tecnologia.
O produto sempre foi importado, mas o Brasil começa a dar os primeiros passos na fabricação de lâmpadas led. Uma empresa localizada em São Paulo desenvolve produtos de led para iluminação. São lâmpadas, fitas e luminárias de vários modelos usadas no comércio, indústria e setor público. O empresário Roberto Cardoso começou o negócio em 2008.
“A tecnologia está invadindo o mercado brasileiro, invadindo o mundo inteiro. É uma tendência natural à medida que, desde o início, o homem procura iluminar com pouco gasto de energia”, diz o empresário Roberto Cardoso.
No setor de engenharia da empresa são feitos os projetos de iluminação como o poste para vias públicas. Depois que os projetos são criados no computador, eles seguem para a linha de produção. A fabricação das luminárias é feita em Minas Gerais e os produos são entregues prontos em São Paulo para serem testados.
Economia
Segundo Roberto, mesmo com uma potência dez vezes menor, a lâmpada de led tem uma intensidade de luz muito semelhante ao da lâmpada comum com a vantagem de que não esquenta. Em uma lâmpada incandescente, a temperatura do vidro chega a 200° C, já na lâmpada com led a temperatura chega a 40° C, 45° C.
Outra vantagem é que a lâmpada de led é mais econômica. Se compararmos a uma lâmpada incandescente, o gasto de energia é reduzido entre 70% e 80%. Além disso, ela é 50 vezes mais durável.
Investir nesta tecnologia, no entanto, tem um preço mais alto: uma lâmpada de led custa cerca de R$ 70. “Nesse mercado, custo é sinônimo de qualidade. Comprem de fabricantes estabelecidos de mercado nacional que normalmente dão 3 anos de garantia no seu produto ou importadores de nome e confiáveis”, diz Roberto Cardoso.
Os benefícios do led já têm atraído muitos consumidores e feito o comércio investir cada vez mais neste tipo de produto. As lojas do setor exibem a tecnologia como chamariz.
Em São Paulo, este tipo de iluminação está nos semáforos e nos túneis da capital. O segmento deverá ganhar mais fôlego já que uma portaria do governo federal define que as lâmpadas de led e fluorescentes deverão substituir no mercado as tradicionais lâmpadas incandescentes, de luz amarela. A mudança será gradativa até 2017 e os prazos serão definidos de acordo com a potência das lâmpadas.
Para o diretor da Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), Marco Poli, o país só tem a ganhar com a decisão. “Já temos uma efetividade na área comercial porque muitas empresas que cuidam de manutenção de shopping center, supermercado, solicitaram para que fossem feitas adaptações e aplicaram a tecnologia led, e isso é uma realidade”, diz Poli.
Projetos de iluminação
As arquitetas Flávia, Luciana e Camila apostaram neste segmento e montaram, no ano passado, uma empresa para desenvolver projetos de iluminação. Elas alugaram um espaço em um escritório compartilhado, em São Paulo, e investiram R$ 5 mil para estruturar o negócio.
A empresa faz projetos para clientes residenciais e corporativos, e as construtoras são o principal nicho de mercado das empresárias. “As pessoas estão tendo mais consciência do quanto a iluminação é importante, não só na vida de escritório, na vida corporativa, como também na vida residencial”, diz a empresária Luciana Magalhães.
As arquitetas fizeram todo o projeto de iluminação de um empreendimento comercial em construção na zona sul de São Paulo. O led será instalado nas áreas externas de paisagismo, na fachada do prédio e no terraço.
“Eu acho que a iluminação é muito importante, tanto no projeto como também na escolha dos materiais, como também no acompanhamento da instalação”, diz o engenheiro, Edmundo de Paula Eduardo.
Em uma pizzaria localizada em um prédio de 1933, tombado pelo patrimônio histórico, o projeto feito pelas arquitetas inclui a instalação de luminárias de led na fachada. O gasto de R$ 15 mil em iluminação led valorizou o prédio.
“A gente buscou uma iluminação bastante eficiente, e no led até com uma economia de energia, também pra tornar mais moderna a iluminação”, diz o dono da pizzaria, Rodrigo Martins.
No ano passado, as empresárias tiveram um faturamento de R$ 35 mil. Para este ano, elas têm uma meta audaciosa. “A nossa projeção é realmente neste ano de 2013 ter quase 50% de aumento, em relação a projetos, e ter uma efetivação maior ainda, uma captação maior de clientes para 2014”, diz a empresária Luciana Magalhães.
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